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Bruno Alexandre Pereira Teixeira de nome artístico Sepher AWK, nasceu a Abril de 1997, na Amadora. Criador em vários ofícios, passa dos murais para a ilustração e animação em ciclos de reinvenção constante. É sensível à viagem pelas estações da zona onde cresceu, na Linha de Sintra. Cria ficções e imaginários a partir de contextos reais, imaginado por nós, visitantes e vivido por ele, o artista. Viagem realizada pela Linha de Sintra, na qual vai e vem vezes sem conta, sendo influenciado pela sua envolvência e desenvolvendo a sua identidade artística, nas suas formas e cores, sentimentos e mensagens, leva-nos para as paisagens urbanas e das histórias contadas pelas suas personagens. Pondo-nos na visão do personagem.
Em 2014, criou o coletivo artístico ''Awake'', “AWK”, com Marco Boto e Nuno Trigueiros, um acordar para a possibilidade e realidade de viverem do que gostam. Realizaram e produziram murais e vídeos, participaram em eventos culturais a nível local. O artista focou-se na pintura de murais usando a técnica de spray, construiu um estilo próprio, conseguindo uma identidade que trouxe consigo oportunidades e visibilidade em eventos nacionais.
Em 2019, mergulhou no mundo da ilustração e da animação, sendo este o foco da sua vida profissional com colaborações com artistas e entidades como Tristany, Julinho KSD, Instinto26, Câmara Municipal de Lisboa.
Em 2020, criou a coleção das estações de comboio da Linha de Sintra, neste ano juntou-se ao coletivo “UniDigrazz”, composto por Tristany, Diogo “Gazella” Carvalho, Onun Trigueiros e Rappepa Bedju Tempu.
Em 2021, expôs na galeria Crackids com a primeira obra em camadas. Deu início à sua primeira curta de animação para o músico Trista dos Instinto26; marcou presença no festival “Router Baum” em Berlim, onde realizou uma instalação na entrada do festival e pintura de um mural. Expôs no MU.SA (Museu das Artes de Sintra) com o coletivo UniDigrazz na Exposição coletiva Linha Imaginária.
Em 2022, expôs no MAAT - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, com o coletivo UniDigrazz na exposição coletiva Interferências, com a curadoria de Carla Cardoso, Alexandre Farto e António Brito Guterres na qual procurando dar visibilidade a outras dimensões da cidade, exposição que deu relevo a narrativas alternativas que visam interpelar o público, convidando-o a refletir sobre que cidade, espaços urbanos e instituições artísticas e culturais podem ser construídas juntando novas vozes a esse processo.
Expõs, no Festival IMINENTE em Marselha, no MuCEM (Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo), com o coletivo UniDigrazz com a instalação “Kintal”.
Dia 10 de Junho participou no mural ‘’48 artistas, 48 anos de liberdade’’ que será simbolicamente criada nos Jardins do maat, uma intervenção mural coletiva que reinterpreta o Painel do Mercado do Povo realizado pelo Movimento Democrático dos Artistas Plásticos a 10 de junho de 1974, em Belém.
Realizou uma sequência de workshops em variadas associações locais, de Sintra, Lisboa e Amadora, promovendo a participação comunitária e contribuindo ao desenvolvimento comunitário, desenvolvendo a dinamização de atividades culturais, promovendo a formação de uma comunidade mais ativa. Permitiu retratar assuntos que não tenham visibilidade ou a atenção devida dando espaço a uma reflexão da comunidade local sobre as culturas urbanas emergentes.
Juntamente com Diogo “Gazella” Carvalho preparou e apresentou o cenário da peça de teatro Unidigrazz, UNDEU, traz mais que uma visão, trás uma vivência invisível para quem não é do meio e para quem não a vive. Com esta decisão de criar uma peça de teatro, tenta-se ocupar um lugar que, muitas vezes, não nos é dado, mas que já é nosso! Refletindo numa janela que não dá para a rua, mas que traz ar fresco.
Expôs no Festival Iminente Lisboa com o coletivo Unidigrazz, através da exposição Meia Riba Kalxa na Boka Mundu. uma instalação em movimento, uma autêntica viagem, de comboio, que introduz esta realidade a todos aqueles que nunca tiveram contacto com ela, ou que nunca se questionaram sobre ela. Por outro lado, permite tornar visível quem vivenciou ou vivencia esta realidade diariamente, deixando espaço para que se sintam representados.
Desenvolveu intervenções de arte urbana diretamente com a junta da freguesia de Algueirão-Mem Martins, tendo realizado workshops nas colónias de férias de verão e a pintura de murais em postes de transformação. Realizou a primeira pintura de pavimento na Linha de Sintra, no skate park da Serra das minas, no festival organizado pela associação local Jipangue e a Junta de freguesia de Rio de Mouro.
Sepher AWK tem ilustrado a periferia e a realidade da Linha de Sintra em vários locais fora dela, desta vez não quer levar consigo essa realidade, mas representar no mesmo local que a realidade é sentida. Poder mostrar a quem não tem o tempo nem as possibilidades de se deslocarem a locais sem ser casa, transporte, trabalho, trabalho, transporte, casa, levar a todas as estações um emblema, construído com técnicas alusivas à zona onde essas pessoas habitam.